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Nós da HighFit temos o compromisso e a dedicação em levar conhecimento teórico científico, informação sólida para aqueles que nos acompanham. Por esse motivo, resolvemos escrever para fins de esclarecimentos, algo bem bacana sobre a polémica extensão de quadril no cabo. Com todas as referências no final. Vale a pena ler até o texto.

Vale lembrar, que a página é desenvolvida pelo Professor Rodrigo Baladán e que as postagens aqui feitas são direcionadas para Profissionais de Educação Física com um mínimo de conhecimento sobre questões relacionadas a cinesiologia, biomecânica,
anatomia, fisiologia do exercício, bioquímica, biologia molecular e não para leigos ou curiosos. Lembramos que lamentamos os comentários aqui descritos desprovidos de fundamentação científica. Comentários estes baseados em: eu “ACHO”, eu “ACREDITO”, eu “PENSO” eu “SINTO” etc…
Estas opiniões pessoais não têm validade em qualquer discussão acadêmica séria e profissional que possa existir. Quanto aos comentários desrespeitosos, gerados por críticos ferrenhos; especialistas em treinamento por assim dizerem; o fazem, por seguirem “gurus” das redes sociais. Muitos deles, sequer passaram por uma universidade e se ainda assim passaram, como a própria palavra já diz; Apenas PASSARAM. Quanto aos que ainda estão em curso, o fazem, devido
ao conhecimento adquirido em posts de “deuses” da internet. Ou seja, sem conhecimento ou aprofundamento algum.
Vamos falar do exercício em si: O exercício; já que muita gente escreveu que não existe, que é algo inventado, nada mais
é, do que extensão de quadril no cabo, com o objetivo de manter o torque quase constante durante toda a extensão de movimento. Dessa forma, aumentando a solicitação muscular. Trata-se de um movimento partindo de uma flexão de quadril, onde o vetor de força aplicado, gera grande torque no início do movimento com o quadril aproximadamente a 90° de flexão e com torque considerável durante toda a extensão, até o final do movimento, já que o ângulo de tração do cabo é de aproximadamente 45°, o que não acontece se o mesmo exercício fosse com caneleiras, visto que a medida que
os ângulos articulares se alteram, o torque produzido pelo músculo também é alterado.

Isso porque a força resistente sempre se encontrará no sentido longitudinal, direção para baixo. Para melhor visualização, este, é o mesmo exercício que a extensão de quadril no banco reto com caneleiras, só que com torque muito melhor.

Em biomecânica, quando falamos em tensão constante ou quase constante, nos referimos as alterações e diminuições angulares que ocorrem conforme a continuação do movimento. As máquinas em sua maioria e as polias normalmente permitem isso.
Diferentemente dos pesos livres onde a força resistente sempre será no sentido longitudinal direção para baixo (conforme já dito). Portanto, conforme o ângulo do movimento vai se alterando, a tensão no músculo sofre a mesma influência. Vai
diminuindo a tensão. Exemplo: flexão de cotovelo com barra livre. O ângulo de maior tensão é no início do movimento. Conforme a flexão do cotovelo vai aumentando, o ângulo articular vai diminuindo, assim como a tensão muscular. Ao final da flexão do
cotovelo, quase não existe mais resistência. A aplicação de exercícios em máquinas e polias minimiza essas perdas vetoriais.
As criticam destrutivas aqui apresentadas, normalmente são advindas dos fãs e aficionados pelo exercício agachamento. Ao qual já tivemos o imenso prazer em mostrar diversas evidências que ele não é tão eficaz assim para ativação de glúteo. Na verdade, é
apenas um terço da ativação do quadríceps. Ou seja, medíocre. Baseado nos diversos estudos que foram apresentados no vídeo; agachamento é um excelente exercício que envolve trabalho principal do quadríceps, com pouca solicitação
de glúteo máximo, além dos estabilizadores da coluna e até da panturrilha. Mas dizer que é o melhor exercício para glúteos, passa longe. A conclusão disso é que a HighFit através do Professor Rodrigo Baladán, desagradou e decepcionou muita gente. Em suma, tirou muita gente da zona de conforto.

Continuando com os comentários postados, responderemos aos mais contundentes, não necessariamente são os mais importantes. Portanto, não se sinta uma estrela, caso veja a resposta para o seu comentário aqui. Dizemos isso, porque alguns usuários de redes sociais se julgam estrelas de cinema hollywoodianas. Tem gente que acreditam que é famoso… Além de se achar portador de muito conhecimento. Dessa forma, teria o direito de ir de página em página apontando erros e criticando posts daqueles que produzem informações. Ao passo que ao entrarmos em sua página e perfil pessoal, não identificamos nenhum post sobre prescrição de exercício. No mínimo, isso é estranho.

Crítica, mas não produz absolutamente nada. Com relação ao exercício; é para ser realizado por um indivíduo treinado, pelo fato de ser realizado de maneira livre e possuir menor estabilização que uma máquina, por exemplo. Ao final das repetições observa-se uma menor estabilização lombar, em virtude da fadiga já instalada. E obviamente, é verdade que exercícios mais complexos demandem, solicitação de outros músculos para contribuir com o movimento. É importante lembrar
que na biomecânica o equilíbrio é sempre dinâmico, não existe posição estática, logo, em qualquer exercício, ocorrerá movimento do corpo como um todo, para ajustes da massa com a gravidade. Entretanto, de longe, isso não pode ser associado com riscos de lesão. Essa informação é valiosa.

Muitos comentários afirmando que o exercício é um exercício lesivo e a prova disso seria o movimento de retroversão do quadril ao final da fase excêntrica e a compressão intradiscal concomitantemente. Por favor, báscula posterior é um movimento natural da articulação sacro ilíaca, que TEM QUE EXISTIR nesse momento do exercício.

Caso não ocorra, caracteriza-se bloqueio sacro ilíaco e precisa ser identificado através de avaliação fisioterápica-osteopata, para verificar o bloqueio ou travamento em braço maior ou braço menor. Além da análise da diferença de alturas das cristas anteriores e posteriores. Porém, para se ter essa informação, esse conhecimento, precisa-se
realmente estudar um pouco mais do que a média no mercado e essa coisa de que a pelve não pode fazer retroversão é algo que vem sendo replicado pelas redes sociais sem fundamentação científica alguma. Pura e simplesmente por achismo, por subjetividade, por acreditar que não se deve fazer um movimento natural anatômico fisiológico, onde na verdade, não existe uma única evidência, apenas uma publicação que fosse, apontando o acometimento de lesão associado a este movimento.

Não existe absolutamente nada na literatura a respeito de alguma relação de causa-efeito sobre isso. Então, por favor, voltamos a dizer… o que você ACHA, ACREDITA, PENSA OU SENTE, fica da porta da rua da tua casa para dentro. Da porta da rua da sua casa para fora; discuta academicamente. Outro ponto a ser respondido são as explanações a respeito de compressão intradiscal. Esta por sua vez, ocorre com cargas axiais. Vamos estudar planos e eixos de movimento e tipos de compressões articulares. Isso é disciplina de anatomia, do 1º período do curso de educação física. É até vergonhoso para a pessoa que escreveu um comentário desse.

Muitos comentários afirmando que o exercício é contraindicado.

Contraindicado para quem? Qual o perfil da executante? Quem é a aluna? Alguém tem a avaliação clínica morfofuncional da cliente para determinar o que ela pode ou não pode realizar? Além disso, a relação de custo benefício é determinada e avaliada em conjunto. Alguém tem informação suficiente, subsídios necessários para categoricamente afirmar que o exercício é condenado, contraindicado ou lesivo? Não. Sabe porquê? Porque não existe nada na literatura apontando ou comprovando nenhum dos comentários dos críticos destrutivos. Portanto, todos comentários foram baseados em análises EU ACHO: Eu acho que é ruim porque eu não conheço exercício Eu acho que é ruim porque eu acho que lesiona. Eu acho que é ruim porque ela se movimenta muito para se equilibrar durante o exercício Eu acho que é ruim porque ela faz báscula posterior ao final da fase excêntrica Eu acho que é ruim porque eu acho que comprime a coluna. E por aí vai…

A pergunta que fazemos é: Onde estão as evidências acerca disso?

A mensagem que fica sobre tudo isso é: Antes de criticar, fundamente, embase seu comentário, busque informação na literatura
acerca do assunto e pense, reflita se o que você vai escrever, é acrescentador ou apenas destrutivo. Querer aparecer nas redes sociais dos outros, muitas vezes nos faz um idiota.

 

Referências:
Sports Injuries and Prevention
Kazuyuki Kanosue,Tetsuya Ogawa,Mako Fukano,Toru Fukubayashi
J Orthop Sports Phys Ther. 2001 Dec;31(12):730-40.
Influence of joint position on electromyographic and torque generation during maximal
voluntary isometric contractions of the hamstrings and gluteus maximus muscles.
Worrell TW1
, Karst G, Adamczyk D, Moore R, Stanley C, Steimel B, Steimel S.
A comparison of two gluteus maximus
EMG maximum voluntary isometric
contraction positions
Bret Contreras1, Andrew D. Vigotsky2, Brad J. Schoenfeld3,
Chris Beardsley4 and John Cronin1,5
1 Auckland University of Technology, Sport Performance Research Institute New
Zealand,
Auckland, New Zealand
2 Kinesiology Program, Arizona State University, Phoenix, AZ, USA
3 Department of Health Sciences, CUNY Lehman College, Bronx, NY, USA
4 Strength and Conditioning Research Limited, London, UK
5 School of Exercise, Biomedical and Health Science, Edith Cowan University, Perth,
Australia
Gluteus maximus and semitendinosus activation during active prone hip extension
exercises Sakamoto ACL1 , Teixeira-Salmela LF2 , Rodrigues de Paula F2 , Guimarães
CQ2 , Faria CDCM2
Research Article
Muscle Activation Differs between Three Different Knee Joint-Angle Positions during a
Maximal Isometric Back Squat Exercise
Paulo Henrique Marchetti,
1,2 Josinaldo Jarbas da Silva,
1 Brad Jon Schoenfeld,
3 Priscyla
Silva Monteiro Nardi,
2 Silvio Luis Pecoraro,
1 Julia Maria D’Andréa Greve,
2 and Erin
Hartigan4
1 Graduate Program in Science of Human Movement, College of Health Science (FACIS),
Methodist University of Piracicaba, 13423-070 Piracicaba, SP, Brazil
2 Institute of Orthopedics and Traumatology, School of Medicine, University of São
Paulo, Laboratory of Kinesiology, 05403-000 São Paulo, SP, Brazil
3Department of Health Sciences, Program of Exercise Science, CUNY Lehman College,
Bronx, NY 10468, USA
4Department of Physical Therapy, University of New England, Portland, ME 04103, USA
Muscle Activation Differs Between Partial And Full Back Squat Exercise With External
Load Equated.
Jarbas da Silva J, Schoenfeld BJ, Marchetti PN, Pecoraro SL, D’Andréa Greve JM,
Marchetti PH.
J Strength Cond Res. 2017 Feb 13. doi: 10.1519/JSC.0000000000001713.

 

 

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